sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Na fotografia da vida: tripé ou liberdade?

Fonte: google

Jorge é um fotógrafo e enquanto se prepara para registrar o amor de uma família, a união de um novo casal ou o momento da gestação de um filho ele pensa e decide qual a melhor opção para aquela situação. Existe dentre várias possibilidades a opção de usar um tripé.
Mas para que serve o tripé? Se você perguntar ao nosso fotógrafo, ele te dirá que uma de suas funções é garantir a estabilidade para trabalhar, evitando vibrações, movimentos involuntários e outros pontos importantes para uma boa qualidade da foto. Entretanto, nem sempre o uso do tripé é necessário e por muitas vezes a liberdade de se locomover rapidamente com a câmera e captar a espontaneidade dos clientes é essencial.
Em sua vida pessoal Jorge também tem suas dúvidas no que diz respeito a quando manter a “comodidade” de sua vida, garantindo assim a estabilidade que o tranquiliza e quando é necessário fazer as mudanças que lhe trarão melhorias.
E é sobre este assunto que eu quero falar com vocês hoje: estabilidade x mudança.
Você já se sentiu paralisado em algum momento? Qual situação te deixou assim?
Já sentiu como se algo te incomodasse ou até mesmo te tirasse o sono?
O que você costuma fazer com estes pensamentos e sensações?
É certo que nós normalmente não paramos para pensar sobre estas questões. Muitas vezes deixamos estes questionamentos e sensações de lado para conseguirmos seguir adiante e viver nossa rotina já programada, cumprir nossos compromissos e ser aquilo que nos comprometemos a ser um dia. Isso porque a sensação de que algo não está certo nos gera desconforto, nos traz a sensação de desorganização.
Inúmeros são os exemplos para aquilo que nos incomoda: (1) o trabalho que não nos realiza, (2) a rotina que não nos agrada, (3) o namoro ou casamento que não vai bem, entre outros. Ao sentir que não cabemos mais na realidade que temos, surge a necessidade de nos reinventar. Mas como? Onde iremos nos encaixar se mudarmos? Se formos diferentes? 
É...nosso mundo terá que mudar e nós precisaremos nos deixar perder,  para ser possível nos encontrar.
Perder-se! Quão difícil é sair de nossa zona de conforto, não é?
Se pensarmos no nosso cotidiano já nos propusemos algumas vezes a mudar; mudar de vida, de emprego, de curso, enfim, mudar. Mas ao tentar abandonar antigos comportamentos e atitudes nos sentimos desconfortáveis e retomamos a forma original.
Estes comportamentos e atitudes que fazem parte da nossa rotina faz com que nos reconheçamos; mesmo que sejam disfuncionais. Ou até, que não seja o mais saudável para nós.
Manter aquilo que nos é familiar permite que nos reconheçamos, ainda que exija um grande esforço para viver. Pergunto novamente: O que te prende aquilo que você é hoje, mas que não corresponde a tua essência? O que te faz sofrer, mas que de alguma forma te permite viver?
Manter-nos naquilo que nos é conhecido ou rotineiro nos permite saber do futuro, ou pelo menos tentar programá-lo. Por isso é tão difícil abandonar estas “supostas certezas”em busca daquilo que nos fará sentir mais realizados. A dúvida é: se você se permite perder, que futuro terá?
Se você se entregar à aventura de procurar o que te faz sentido como saberá o que irá encontrar?
Mas por vezes precisamos perder aquilo que de que não mais precisamos. Sempre há tempo de recomeçar. Por vezes o medo nos paralisa impedindo que busquemos aquilo que fará mais sentido em nossa vida, quer seja um trabalho, um alguém, um gesto para com o outro, etc.
Nesta busca pelo que faz mais sentido, a psicoterapia pode ser uma grande aliada. A terapia nos permite o autoconhecimento; a compreensão do que buscamos alcançar, o que tem nos impedido de buscá-lo e até mesmo como trilhar este caminho. Viver plenamente inclui a realização do sentido de nossas vidas.
Cada um possui um sentido único/particular e é de nossa escolha e responsabilidade buscar compreendê-lo e colocá-lo em prática. É preciso coragem, mas o maior presente que se pode receber em troca é o caminho e as possibilidades que se abrem diante de cada um que se coloca verdadeiramente neste processo.
Em nossa vida nos deparamos em muitos momentos com a dúvida de Jorge; usar o tripé ou a liberdade para criar. Parafraseando Clarice Lispector deixo-te uma pergunta: Qual a terceira perna que faz de ti um tripé estável, mas que te impede de caminhar?
Ou ainda: O que você fará? Permanecerá com a terceira perna ou se aventurará na busca por aquilo que te faz sentido?






Um comentário:

  1. Meus vinte e poucos anos me dizem quando fiz o meu melhor e por algum motivo não atingi o que imaginava, fui, apesar disso, feliz. Houve frustração sim, mas passou. E o que fica é a satisfação por ter sido proativo, por ter feito que podia ser feito.

    Muito diferente das situações em que eu simplesmente não agi. Por mais que eu quisesse, fiquei paralisado pela insegurança ou por algum outro obstáculo imaginário que foram verdadeiras camisas de força, tripés..

    A frustração é grande, mas pior de tudo, eterna. Não temos a capacidade de mensurar o ganho daquilo que nunca tivemos e, por conseqüência, não podemos superar a perda do que não conseguimos mensurar. Ficamos para sempre presos no calabouço do "e se..".

    Seja qual for a explicação para esse tipo de comportamento, tenho a certeza de que um profissional, no momento certo, poderia ter me ajudado muito. Haja vista que a limitação não era física, lógica ou real e sim imaginária.

    Por fim, um terceiro tipo de experiência são aquelas em que me esforcei muito e no final fui bem sucedido. Ah, o deleite do sucesso é ótimo! Mas também passageiro. Afinal, não se pode ficar apreciando o gosto da vitória eternamente. A vida é dinâmica, tão logo haverá novas necessidades e objetivos. Tudo começa de novo.

    Por tudo isso, aprendi que muitas vezes, e na maioria delas, a felicidade depende não daquilo que conseguimos, mas daquilo que fazemos para conseguir. É a velha máxima de que a felicidade esta no caminho e não no final.

    Na verdade, por isso estou aqui. Indo de encontro ao meu objetivo e sendo ao mesmo tempo benevolente, gostaria de dizer que estou disposto a ajudar aquelas pessoas que são hoje muito ricas e não vêem mais sentido para a vida. Para isso, eu recebo na forma de doação, o total capital acumulado, de forma que essas pessoas possam percorrer este caminho vitorioso novamente e serem felizes. É isso, interessados entrar em contato. Não precisam agradecer. ;)

    YES

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