terça-feira, 5 de julho de 2011

"Mudanças, por favor"

Fonte: google

Hoje veremos como aprender a colocar em prática a linguagem do amor de nossos cônjuges e como tudo o que aprendemos até agora nos auxilia a propor mudanças.

Por vezes, alguém pergunta para o autor: “Mas e se a linguagem do amor de meu cônjuge for algo difícil, que não consigo fazer espontaneamente?” Chapman sempre responde: “E daí?” Aprender a falar outra linguagem pode não ser fácil, mas vale o esforço.  Às vezes, isso não é algo que nos ocorra espontaneamente, mas devemos perceber que é importante suprir as necessidades emocionais do nosso cônjuge.
Por exemplo, se a linguagem de seu cônjuge são as palavras de afirmação, e você não é uma pessoa que se expressa bem verbalmente, pegue um caderno e comece a escrever frases positivas sobre ele. Se não conseguir pensar em nada, preste atenção no que outras pessoas dizem e imite-as. Leia revistas e livros e anote as expressões de amor que achar interessantes. Leia estas frases em frente ao espelho e repita-as até se sentir à vontade. Quando estiver pronto escolha uma frase, aproxime-se de seu cônjuge e diga as palavras selecionadas. Você terá “quebrado a barreira do som”.
Dessa forma, aprendendo a falar a linguagem do amor de seu cônjuge, você atenderá as necessidades emocionais mais profundas dele e da maneira mais eficaz possível. E com o tempo, você poderá acrescentar uma pitada ou outro das demais linguagens para tornar a relação ainda mais interessante.

Mas, o que tudo isso tem a ver com a chave para fazer seu cônjuge mudar?

Todos temos necessidades emocionais básicas como, por exemplo, segurança, liberdade, valor, amor, entre outras. Quando estas necessidades não são supridas, ficamos emocionalmente frustrados. Quando nos encontramos neste estado quase nunca estamos abertos para as sugestões ou pedidos de nossos cônjuges. Em geral, interpretamos esse pedido como crítica. Explodimos, revidamos ou nos retraímos, mas dificilmente mudamos.
Por outro lado, quando nosso tanque de amor está cheio e nos sentimos verdadeiramente amados por nosso cônjuge, o mundo todo parece iluminado. É neste estado mental positivo que nos abrimos para mudanças, especialmente quando elas são sugeridas pela pessoa que está enchendo nosso tanque de amor. “Você terá criado um ambiente em que as mudanças são não apenas possíveis, mas prováveis” (p. 41).
O autor nos traz em seu livro alguns exemplos de casais que estavam prestes a se separar e que aceitaram o desafio de aprender a linguagem do amor predominante de seu cônjuge e colocá-los em prática. Dessa forma, viram, por exemplo, vinte anos de um terrível convívio se transformar em um intenso sentimento de amor um pelo outro.  Este casal que estava casado há 33 anos, mas que experimentava 20 anos de sofrimento um ao lado do outro, percebeu que os dois tinham uma necessidade profunda de ser amados e, no entanto, nenhum dos dois sabia como suprir a necessidade do outro.
Evidentemente que o processo de encher o tanque de amor de seu cônjuge é demorado, mas não tanto quanto você imagina. Você não estará pronto para pedir mudanças enquanto seu cônjuge não tiver passado algumas semanas com o tanque de amor cheio. Não é possível dizer exatamente quanto tempo será necessário, mas há um jogo que ajuda a saber se o cônjuge está pronto para o próximo passo.
Este jogo se chama “Ponteiro de Combustível”. Depois de passar um mês falando com frequência a linguagem do amor de seu cônjuge, pergunte-lhe: “Numa escala de 0 a 10, como está o nível de seu tanque?” Se a resposta for qualquer número diferente de 10, pergunte: “O que posso fazer para encher seu tanque?” Quando ele fizer sugestões, siga-as da melhor maneira possível. Faça este jogo uma vez por semana. Quando você começar a receber 8,9 ou 10 como resposta com frequência, saberá que está pronto para o próximo passo.

Como propor mudanças?
Talvez você tenha pensado que estaria até disposto a manipular seu cônjuge se isso o fizesse mudar de verdade. Entretanto, as mudanças resultantes de manipulação são sempre acompanhadas de ressentimento; e não é isso que a maioria dos casais quer para seu relacionamento.
A manipulação reduz o casamento a uma negociação de contrato: “Se você fizer isso, farei aquilo”. A manipulação é uma tentativa de controlar o outro: “Se você não fizer isso...”. Porém, a mudança que ocorre por meio de uma ameaça será externa e temporária. A verdadeira mudança vem de dentro, não de circunstâncias manipuladoras.
O método proposto pelo autor só funcionará se você tiver, DE FATO, tratado seus erros e estiver expressando a linguagem do amor predominante de seu cônjuge. Somente desta forma as mudanças serão possíveis.
1.    Faça uma lista das coisas que, ao seu ver, poderiam ser diferentes em seu cônjuge.
É importante ser específico; afirmações gerais não funcionam. Por exemplo: “Gostaria que ele conversasse mais” é muito geral e difícil de medir. Se o seu objetivo é aumentar a comunicação, escreva: “Quero pedir a meu cônjuge para passarmos vinte minutos todas as noites – de segunda a sexta – conversando um com o outro, falando sobre ideias e sentimentos relacionados aos acontecimentos do dia”. Outro exemplo seria o do marido que gostaria que sua esposa parasse de perturbá-lo. Esta solicitação é vaga. Ele poderia dizer: “Como você sabe, aceitei a responsabilidade de colocar o lixo para fora. Gostaria que não ficasse me lembrando desta tarefa. Talvez eu não realize de acordo com o seu cronograma, mas vou cumprir minha responsabilidade. Sua insistência me faz sentir como se eu fosse uma criança; e você, minha mãe. Não gosto disso e não creio que seja saudável para nosso casamento”. O autor ainda lembra que a esposa poderia dizer que se ela não disser nada, a lixeira vai transbordar. Entretanto, ele responde que se você deseja estar casada com uma criança, continue a insistir com seu marido sobre o lixo; mas se deseja estar casada com um adulto, trate-o como adulto. Ele não vai agir como adulto se você o continuar lembrando de suas responsabilidades. Levar o lixo para fora seria ainda pior. Seria um insulto. Passe um spray desodorizante ao redor da lixeira, mas não toque nela. Você vai se surpreender com o resultado.
2.    Escolha o momento: é extremamente importante escolher o lugar e a hora e ser sensível ao estado emocional de seu cônjuge. A melhor hora é depois de uma refeição, e nunca antes. Quando estamos com fome, ficamos irritáveis e, portanto, temos dificuldade de aceitar sugestões. O pedido sempre deve ser feito em PARTICULAR. Nunca peça nada na frente de outras pessoas. Ao pedir em público se cria uma situação humilhante, mesmo que disfarce seu pedido com bom humor. Lembre-se: comentários humilhantes só geram ressentimento e vingança. Se você deseja ser atendido, peça em particular.
Sobre o estado emocional de seu cônjuge, é importante se perguntar se ele está emocionalmente preparado para receber uma sugestão naquele momento, naquela noite. Por vezes, temos aqueles dias em que as pessoas com quem falamos reclamaram de alguma coisa e, então a última coisa que queremos é chegar e casa e ouvir o marido/esposa pedir para mudarmos em alguma área. A melhor maneira de descobrir é perguntar: “Querido, esse é um bom momento para lhe pedir algo?” A resposta pode ser não, mas provavelmente depois o cônjuge desejará saber o que era. Quando ele vier perguntar, diga que não é necessário falar sobre aquilo naquele momento e peça que ele lhe avise quando estiver disposto a conversar. Se ele disser que aquele é um bom momento, você o ajudou a se preparar emocionalmente. E então, prossiga.
3.    Não exagere nas críticas: quando o casal não tem um sistema para pedir mudanças, geralmente acumulam uma porção de queixas, esperam até a pressão se tornar intensa demais e provocar uma erupção de críticas destrutivas. Essa overdose de críticas nunca tem um resultado positivo e, hostilidade gera hostilidade. Palavras provocadoras e condenatórias provavelmente farão seu cônjuge revidar. O resultado será cada cônjuge no seu canto, magoados e defensivos.
Tendo em vista que ninguém tem estrutura emocional para lidar com uma overdose de críticas, o autor nos sugere nunca fazer mais de um pedido por semana. No total serão 52 pedidos por anos, o que é um número mais do que suficiente. Algumas pessoas são frágeis demais até mesmo para lidar com um pedido por semana. Desta forma, aumente o espaço de tempo entre um pedido e outro.
Outra sugestão bastante interessante é a de alternar com seu cônjuge as semanas para fazer pedidos. Numa semana você pode fazer uma sugestão, na semana seguinte é a vez de seu cônjuge. Em sua semana de folga, você pode pedir ao seu cônjuge que sugira um aspecto que ele gostaria que você mudasse, que lhe ajudaria a se tornar um marido ou esposa melhor.
Lembre-se que limitar o número de pedidos aumenta a probabilidade de mudanças. Faça uma lista de mudanças, mas peça apenas uma vez por semana, ou então, de acordo com a estrutura emocional de seu cônjuge.
4.    Elogie antes de pedir: o autor sugere uma proporção de três para um. “Diga-me três coisas que você gosta em mim e um aspecto em que você gostaria de ver mudança” (p. 55). Por exemplo: “Em primeiro lugar, fico feliz por você guardar suas roupas. Ouvi outras esposas comentando como o marido deixar a roupa espalhada pela casa e elas precisam ir atrás juntando tudo como se ele fosse uma criança. Você sempre guardou suas roupas. Vai ver que sua mãe o ensinou a fazer isso. De qualquer modo, isso me deixa satisfeita. Em segundo lugar, gostaria de agradecer por você ter lavado o para-brisa de meu carro ontem. É muito bom quando você faz isso. E, em terceiro lugar, saiba que gosto muito quando você passa aspirador na casa às quintas-feiras. Você não sabe como isso me ajuda. Um...dois...três...Preparado? Fico doida com aqueles fios de cabelo no ralo”. Este é um exemplo de como a mulher do autor lhe pediu uma mudança.
O autor ainda afirma que se você colocar em prática este plano de pedir mudanças é possível que daqui a 4 ou 5 meses você e seu cônjuge deixem para o outro a possibilidade de pedir mudanças porque você mesmo não terá nada a pedir. Não é uma maravilha?! Talvez vocês passem semanas sem fazer um pedido. Mas, é importante continuar a permitir ao outro a oportunidade de lhe pedir algo.
5.    Quando você fizer um pedido e seu cônjuge se esforçar e lhe atender, não esqueça de notar e elogiar essa iniciativa.

Mas, o que fazer quanto àquilo que o cônjuge não muda?

É preciso dizer que há certas coisas em que seu cônjuge não pode ou não quer mudar. O autor nos dá um exemplo de seu próprio casamento. Sua esposa, Karolyn, abre gavetas e portas, mas não as fecha. O autor, em diversos momentos pediu, por exemplo, que ela fechasse as portas do armário da cozinha, porque, se ele não tomasse cuidado, batia a cabeça numa delas. E depois de fazer o pedido, esperava por um algum tempo a mudança. Pensando que ela talvez não tivesse ouvido o que ele havia dito, ele lhe ensinou como funcionava uma gaveta, mas nem assim Karolyn passou a fechar as gavetas e portas. Até que um dia, ao chegar em casa, viu sua filha de 18 meses com pontos perto do canto de um dos olhos. O que havia acontecido? Sua filha havia caído e se cortado no canto de uma gaveta aberta. Neste momento, Chapman achou que o problema estaria resolvido, que sua esposa passaria a fechar gavetas e portas. Mas para sua surpresa, as gavetas e portas continuaram abertas. Ele pensou então em diversas possibilidades para àquela situação que estava vivendo: (1) separação, (2) talvez ele ficasse infeliz para o resto de sua vida ou então, (3) ele poderia aceitar isso como algo que nunca vai mudar e, dali para frente, ele mesmo poderia fechar as gavetas. O autor percebeu que ele gastaria em torno de sete segundos para fechar todas as portas e gavetas cada dia. E concluiu que ele poderia tomar para si aquela responsabilidade. Ao falar sobre seus planos a sua mulher, ela respondeu apenas: “Tudo bem”. Para ela não era nada de extraordinário, mas para ele, era um ponto crítico. Desde então, as gavetas abertas não mais o incomodam.

É preciso estar consciente de que, em certas coisas, seu cônjuge não pode ou não quer mudar. Quer seja porque não pode, ou porque não quer, seu cônjuge não atenderá a todos os seus pedidos.
Como lidar então com estes aspectos? O autor nos diz que a resposta está no amor. O amor aceita essas imperfeições. Seria bobagem o autor continuar a reclamar todos os dias das gavetas abertas. Em vez disso, ele escolheu agradecer a Deus por todos os aspectos em que sua mulher mudou para melhor e ele então aceito aquilo que ela não pode ou não quer mudar.


Pessoal, terminamos assim o trabalho com o livro “Como mudar o que mais irrita no casamento” do autor Gary Chapman.
Aqui no blog eu procurei trazer com detalhes as ideias do autor e os exemplos por ele dados.
Gostaria de pedir a vocês críticas, sugestões, comentários sobre este trabalho que fizemos. Vocês acham interessante? Gostariam de mais trabalhos como este?
Agora eu retomarei o blog com assuntos diversos, mas se vocês tiverem interesse neste estilo de post eu poderia fazê-lo vez ou outra.

Não esqueçam de comentar.

sábado, 2 de julho de 2011

Descobrindo as linguagens do amor!


No segundo capítulo do livro “Como mudar o que mais irrita no casamento” o autor fala sobre o poder do amor.
É bem provável que a sua vontade de mudar o cônjuge esteja relacionada a um desejo de suprir alguma necessidade em sua vida. Grande parte de nossos comportamentos é motivada pela busca de suprir as próprias necessidades.
De acordo com o exemplo que o autor nos dá no primeiro capítulo, sobre o marido que o procura em seu consultório, é possível fazer a seguinte análise: “Robert desejava que Sheila fosse mais organizada para ela não precisar perder tanto tempo procurando as coisas, mas admitiu que se sentia também motivado a não ter de perder seu tempo ajudando-a”. Por outro lado, “Sheila desejava receber palavras de afirmação de Robert para fortalecer sua autoestima” (p. 27).
É natural e saudável preocupar-se com o próprio bem-estar. Temos a responsabilidade de encontrar maneiras de nos prover tanto física quanto emocionalmente. Mas, ao mesmo tempo, fomos criados para nos relacionar. Aqueles que vivem isolados em sua concha nunca desenvolvem plenamente seu potencial na sociedade. Os relacionamentos nos chamam a sair da concha. Entretanto, não teremos bons relacionamentos se buscarmos suprir apenas as nossas necessidades.
Os relacionamentos bem-sucedidos demandam interesse no bem-estar do outro. É necessário se esforçar para suprir a necessidade do outro, assim como nos esforçamos para suprir as nossas. “A palavra usada para descrever essa atitude centrada no outro é o amor” (p. 28). Sem amor a sociedade não teria como continuar. Onde há amor, as mudanças são inevitáveis. Sem amor, as mudanças positivas são muito raras. Pense na fase em que você e seu cônjuge estavam apaixonados. Vocês estavam dispostos a fazer qualquer coisa por amor. Porque esta abertura tão grande para mudanças? Talvez porque sua necessidade emocional de ser amado estava sendo plenamente suprida. “O amor gera amor”
Porém, com o passar do tempo, a obsessão emocional mútua deu lugar à natureza egocêntrica de cada um. Por ironia, essa mudança de foco resulta em insatisfação de ambas as partes. A vida egocêntrica é caracterizada por decepção e mágoa, que produzem raiva, ressentimento e amargura. É esta a situação de milhares de casais.
“Para mudar este quadro, é preciso voltar ao amor – não ao estado eufórico dos apaixonados, mas à escolha consciente de buscar os interesses do outro” (p. 29). Uma maneira de começar a se voltar para o amor novamente é fazer as seguintes perguntas: Em que posso ajudar você? O que posso fazer para facilitar sua vida? Como posso tornar-me um marido/esposa melhor? Essas perguntas, segundo o autor, te permitem descobrir como deve expressar seu amor pelo cônjuge e permite que o casamento renasça.
Em seu livro sobre as cinco linguagens do amor, o autor auxilia os casais a criar um ambiente emocional positivo no casamento. Das cinco linguagens, todos têm uma linguagem predominante. Um estilo de comunicação que toca mais fundo em nossas emoções do que os demais. Em menor ou maior grau, gostamos de todos eles, mas geralmente temos preferência por um; e esta é a linguagem que nos faz sentir verdadeiramente amados.
O importante é descobrir qual a linguagem do amor predominante em seu cônjuge e usá-la em doses maciças, com uma pitada das outras quatro linguagens.
1.    Primeira linguagem do amor: palavras de afirmação
Algumas pessoas se sentem amadas quando ouvem palavras de afirmação. Focalizar aspectos positivos e apreciação pelas qualidades do cônjuge são atitudes que costumam motivá-lo a aprimorar seu comportamento. Se é esta a linguagem do amor predominante, não perca nenhuma oportunidade de oferecer algumas palavras simples de encorajamento. Por exemplo: você fica bem neste vestido, obrigada por levar o lixo para fora, quero que saiba o quão importante você é para mim, entre outras.
As palavras de afirmação podem focalizar características de personalidade (gosto demais de sua espontaneidade, com você minha vida é mais interessante, ou então, é incrível seu jeito de lidar com problemas, você facilita muito minha vida com as soluções que encontra) e também características físicas (seu cabelo está lindo, adoro a cor dos seus olhos).
As palavras de amor vivificam; as palavras de condenação matam. Muitas vezes os casais se encontram imersos em palavras de condenação e julgamento. Mas isso pode mudar quando um dos cônjuges rompe o círculo vicioso de negatividade e começa a usar palavras de amor.
2.    Segunda linguagem do amor: presentes
Em todas as culturas até hoje estudadas, presentear é considerado uma expressão de amor. Os presentes são provas físicas e visíveis de consideração e carinho. E para isso não precisa ser caro; o que vale é a intenção. Um exemplo disso são os inúmeros presentes que os pais recebem de seus filhos sem que isso lhes custe um centavo. Por exemplo, fazem tortas de morango imaginárias e os convidam a comer um pedaço.
Qualquer pessoa pode aprender a presentear. Basta se lembrar que dar e receber presente é uma linguagem do amor e, então, tomar a decisão de usar esta linguagem com seu cônjuge. O importante é a consideração que o presente demonstra. Preste atenção nos comentários do seu cônjuge e anote o que ele deseja ganhar. Surpreenda-o algumas semanas depois com o presente desejado. Junte pedaços de papel colorido, faça um cartão para o seu cônjuge e entregue num dia qualquer.
3.    Terceira linguagem do amor: atos de serviço
“Um gesto vale mais que mil palavras”. Fazer algo por seu cônjuge é uma expressão profunda de amor. Claro que estes gestos exigem tempo, esforço, energia, e, por vezes, habilidades, mas se essa é a linguagem do amor predominante de seu cônjuge, ao fazer algo que ele aprecie, estará comunicando claramente o seu amor.
Temos a tendência a criar hábitos quando se trata das responsabilidades de casa; ele cozinha, ela lava a louça; ela cuida das roupas, ele corta a grama, e assim por diante. Tal rotina não é necessariamente negativa. “Em geral, fazemos as coisas para as quais nos sentimos mais capacitados e, se as fazemos com uma atitude positiva, visando ao bem mútuo, estamos falando a linguagem do amor”.
Se as tarefas e responsabilidades em sua casa já estão organizadas, você pode acentuar a expressão de amor por seu cônjuge fazendo algo de fora de sua lista. “Lembre-se, porém, de que seu cônjuge talvez não entenda ou não aprecie inteiramente seu esforço (...)”, muitas vezes por achar que se trata de uma crítica à maneira como está realizando a tarefa e não como uma forma de ajudá-lo. Esteja preparado para reações iniciais de pouco entusiasmo. Talvez leve algum tempo para entender que você está sendo sincero.
4.    Quarta linguagem do amor: tempo de qualidade
“Dedicar tempo de qualidade ao cônjuge não é apenas estar no mesmo cômodo ou na mesma casa que ele. É prestar atenção total ao marido ou à esposa” (p. 34).
O autor nos chama a atenção para o fato de que os namorados quando saem para jantar, olham um para o outro e conversam; já os casados, comem em silêncio. Para os namorados, o jantar é tempo de qualidade; para os casados, é uma forma de suprir uma necessidade física. Mas, por que não transformar este momento em expressão de amor? Comece falando dos acontecimentos do dia; converse sobre aquilo que está preocupando o seu cônjuge, sobre planos para o futuro. Ao perceber que estamos interessados em suas idéias e em seus sentimentos, o cônjuge não apenas falará com maior liberdade, mas também se sentirá amado.
O autor dá-nos uma sugestão: da próxima vez que seu cônjuge entrar na sala enquanto você assiste a televisão, desligue o som do aparelho. Dirija-lhe toda sua atenção e, se ele/ela começar a falar, desligue a televisão e conversem. Se ele/ela sair sem dizer nada, você pode voltar a assistir seu programa.
O simples ato de se colocar a disposição do outro é dedicar-lhe tempo. O tempo de qualidade é uma linguagem do amor poderosa.
5.    Quinta linguagem do amor: toque físico
De acordo com várias pesquisas, bebês tocados com afeto são emocionalmente mais saudáveis do que os bebês privados desse toque. O mesmo se aplica aos adultos. O toque físico é uma das linguagens fundamentais do amor. Por exemplo, segurar a mão do outro enquanto você agradece por uma refeição, colocar a mão no ombro do cônjuge enquanto vocês assistem a televisão, abraçarem-se quando se encontram, ter relações sexuais, beijar – qualquer toque, desde que seja afetuoso, é uma expressão profunda de amor.
O autor recorda o relato de duas pessoas. Uma delas relatou que a coisa mais importante que o marido lhe faz é beijá-la no rosto todos os dias quando volta do trabalho. “Quando ele me dá um beijo antes de assistir a televisão ou abrir a geladeira, tudo parece melhorar” (p.36). O outro relato é de um marido que afirmava nunca sair de casa sem receber um abraço de sua esposa. A iniciativa era sempre dela. “Alguns dias, esses abraços são a única coisa boa que acontece, mas são o suficiente para me dar ânimo” (p. 36).

Para saber qual é a sua linguagem predominante, pergunte-se qual é a sua queixa mais freqüente quanto ao cônjuge. Por exemplo, se você diz ao seu cônjuge “Você nunca faz um carinho, eu sempre tenho de tomar a iniciativa”, está mostrando que sua linguagem do amor é o toque físico. Se você não tem motivos para se queixar, isso significa que seu cônjuge está falando sua linguagem do amor, mesmo que você não saiba qual é.
Como descobrir a linguagem do amor predominante do cônjuge? Preste atenção nas queixas dele. Quando nosso cônjuge reclama de alguma coisa, costumamos assumir uma atitude defensiva. No entanto, o seu marido/mulher está lhe fornecendo uma informação valiosa sobre a linguagem do amor predominante dele. Ouça as queixas de seu cônjuge e perceberá o que o faz sentir-se amado.
“A chave para criar um ambiente emocional positivo no casamento é aprender a falar a linguagem do amor predominante um do outro e usá-la regularmente.

No próximo post trabalharemos como colocar em prática a linguagem do amor do cônjuge quando se trata de algo difícil para mim e como tudo isso tem relação com a chave para fazer o cônjuge mudar.