sábado, 2 de julho de 2011

Descobrindo as linguagens do amor!


No segundo capítulo do livro “Como mudar o que mais irrita no casamento” o autor fala sobre o poder do amor.
É bem provável que a sua vontade de mudar o cônjuge esteja relacionada a um desejo de suprir alguma necessidade em sua vida. Grande parte de nossos comportamentos é motivada pela busca de suprir as próprias necessidades.
De acordo com o exemplo que o autor nos dá no primeiro capítulo, sobre o marido que o procura em seu consultório, é possível fazer a seguinte análise: “Robert desejava que Sheila fosse mais organizada para ela não precisar perder tanto tempo procurando as coisas, mas admitiu que se sentia também motivado a não ter de perder seu tempo ajudando-a”. Por outro lado, “Sheila desejava receber palavras de afirmação de Robert para fortalecer sua autoestima” (p. 27).
É natural e saudável preocupar-se com o próprio bem-estar. Temos a responsabilidade de encontrar maneiras de nos prover tanto física quanto emocionalmente. Mas, ao mesmo tempo, fomos criados para nos relacionar. Aqueles que vivem isolados em sua concha nunca desenvolvem plenamente seu potencial na sociedade. Os relacionamentos nos chamam a sair da concha. Entretanto, não teremos bons relacionamentos se buscarmos suprir apenas as nossas necessidades.
Os relacionamentos bem-sucedidos demandam interesse no bem-estar do outro. É necessário se esforçar para suprir a necessidade do outro, assim como nos esforçamos para suprir as nossas. “A palavra usada para descrever essa atitude centrada no outro é o amor” (p. 28). Sem amor a sociedade não teria como continuar. Onde há amor, as mudanças são inevitáveis. Sem amor, as mudanças positivas são muito raras. Pense na fase em que você e seu cônjuge estavam apaixonados. Vocês estavam dispostos a fazer qualquer coisa por amor. Porque esta abertura tão grande para mudanças? Talvez porque sua necessidade emocional de ser amado estava sendo plenamente suprida. “O amor gera amor”
Porém, com o passar do tempo, a obsessão emocional mútua deu lugar à natureza egocêntrica de cada um. Por ironia, essa mudança de foco resulta em insatisfação de ambas as partes. A vida egocêntrica é caracterizada por decepção e mágoa, que produzem raiva, ressentimento e amargura. É esta a situação de milhares de casais.
“Para mudar este quadro, é preciso voltar ao amor – não ao estado eufórico dos apaixonados, mas à escolha consciente de buscar os interesses do outro” (p. 29). Uma maneira de começar a se voltar para o amor novamente é fazer as seguintes perguntas: Em que posso ajudar você? O que posso fazer para facilitar sua vida? Como posso tornar-me um marido/esposa melhor? Essas perguntas, segundo o autor, te permitem descobrir como deve expressar seu amor pelo cônjuge e permite que o casamento renasça.
Em seu livro sobre as cinco linguagens do amor, o autor auxilia os casais a criar um ambiente emocional positivo no casamento. Das cinco linguagens, todos têm uma linguagem predominante. Um estilo de comunicação que toca mais fundo em nossas emoções do que os demais. Em menor ou maior grau, gostamos de todos eles, mas geralmente temos preferência por um; e esta é a linguagem que nos faz sentir verdadeiramente amados.
O importante é descobrir qual a linguagem do amor predominante em seu cônjuge e usá-la em doses maciças, com uma pitada das outras quatro linguagens.
1.    Primeira linguagem do amor: palavras de afirmação
Algumas pessoas se sentem amadas quando ouvem palavras de afirmação. Focalizar aspectos positivos e apreciação pelas qualidades do cônjuge são atitudes que costumam motivá-lo a aprimorar seu comportamento. Se é esta a linguagem do amor predominante, não perca nenhuma oportunidade de oferecer algumas palavras simples de encorajamento. Por exemplo: você fica bem neste vestido, obrigada por levar o lixo para fora, quero que saiba o quão importante você é para mim, entre outras.
As palavras de afirmação podem focalizar características de personalidade (gosto demais de sua espontaneidade, com você minha vida é mais interessante, ou então, é incrível seu jeito de lidar com problemas, você facilita muito minha vida com as soluções que encontra) e também características físicas (seu cabelo está lindo, adoro a cor dos seus olhos).
As palavras de amor vivificam; as palavras de condenação matam. Muitas vezes os casais se encontram imersos em palavras de condenação e julgamento. Mas isso pode mudar quando um dos cônjuges rompe o círculo vicioso de negatividade e começa a usar palavras de amor.
2.    Segunda linguagem do amor: presentes
Em todas as culturas até hoje estudadas, presentear é considerado uma expressão de amor. Os presentes são provas físicas e visíveis de consideração e carinho. E para isso não precisa ser caro; o que vale é a intenção. Um exemplo disso são os inúmeros presentes que os pais recebem de seus filhos sem que isso lhes custe um centavo. Por exemplo, fazem tortas de morango imaginárias e os convidam a comer um pedaço.
Qualquer pessoa pode aprender a presentear. Basta se lembrar que dar e receber presente é uma linguagem do amor e, então, tomar a decisão de usar esta linguagem com seu cônjuge. O importante é a consideração que o presente demonstra. Preste atenção nos comentários do seu cônjuge e anote o que ele deseja ganhar. Surpreenda-o algumas semanas depois com o presente desejado. Junte pedaços de papel colorido, faça um cartão para o seu cônjuge e entregue num dia qualquer.
3.    Terceira linguagem do amor: atos de serviço
“Um gesto vale mais que mil palavras”. Fazer algo por seu cônjuge é uma expressão profunda de amor. Claro que estes gestos exigem tempo, esforço, energia, e, por vezes, habilidades, mas se essa é a linguagem do amor predominante de seu cônjuge, ao fazer algo que ele aprecie, estará comunicando claramente o seu amor.
Temos a tendência a criar hábitos quando se trata das responsabilidades de casa; ele cozinha, ela lava a louça; ela cuida das roupas, ele corta a grama, e assim por diante. Tal rotina não é necessariamente negativa. “Em geral, fazemos as coisas para as quais nos sentimos mais capacitados e, se as fazemos com uma atitude positiva, visando ao bem mútuo, estamos falando a linguagem do amor”.
Se as tarefas e responsabilidades em sua casa já estão organizadas, você pode acentuar a expressão de amor por seu cônjuge fazendo algo de fora de sua lista. “Lembre-se, porém, de que seu cônjuge talvez não entenda ou não aprecie inteiramente seu esforço (...)”, muitas vezes por achar que se trata de uma crítica à maneira como está realizando a tarefa e não como uma forma de ajudá-lo. Esteja preparado para reações iniciais de pouco entusiasmo. Talvez leve algum tempo para entender que você está sendo sincero.
4.    Quarta linguagem do amor: tempo de qualidade
“Dedicar tempo de qualidade ao cônjuge não é apenas estar no mesmo cômodo ou na mesma casa que ele. É prestar atenção total ao marido ou à esposa” (p. 34).
O autor nos chama a atenção para o fato de que os namorados quando saem para jantar, olham um para o outro e conversam; já os casados, comem em silêncio. Para os namorados, o jantar é tempo de qualidade; para os casados, é uma forma de suprir uma necessidade física. Mas, por que não transformar este momento em expressão de amor? Comece falando dos acontecimentos do dia; converse sobre aquilo que está preocupando o seu cônjuge, sobre planos para o futuro. Ao perceber que estamos interessados em suas idéias e em seus sentimentos, o cônjuge não apenas falará com maior liberdade, mas também se sentirá amado.
O autor dá-nos uma sugestão: da próxima vez que seu cônjuge entrar na sala enquanto você assiste a televisão, desligue o som do aparelho. Dirija-lhe toda sua atenção e, se ele/ela começar a falar, desligue a televisão e conversem. Se ele/ela sair sem dizer nada, você pode voltar a assistir seu programa.
O simples ato de se colocar a disposição do outro é dedicar-lhe tempo. O tempo de qualidade é uma linguagem do amor poderosa.
5.    Quinta linguagem do amor: toque físico
De acordo com várias pesquisas, bebês tocados com afeto são emocionalmente mais saudáveis do que os bebês privados desse toque. O mesmo se aplica aos adultos. O toque físico é uma das linguagens fundamentais do amor. Por exemplo, segurar a mão do outro enquanto você agradece por uma refeição, colocar a mão no ombro do cônjuge enquanto vocês assistem a televisão, abraçarem-se quando se encontram, ter relações sexuais, beijar – qualquer toque, desde que seja afetuoso, é uma expressão profunda de amor.
O autor recorda o relato de duas pessoas. Uma delas relatou que a coisa mais importante que o marido lhe faz é beijá-la no rosto todos os dias quando volta do trabalho. “Quando ele me dá um beijo antes de assistir a televisão ou abrir a geladeira, tudo parece melhorar” (p.36). O outro relato é de um marido que afirmava nunca sair de casa sem receber um abraço de sua esposa. A iniciativa era sempre dela. “Alguns dias, esses abraços são a única coisa boa que acontece, mas são o suficiente para me dar ânimo” (p. 36).

Para saber qual é a sua linguagem predominante, pergunte-se qual é a sua queixa mais freqüente quanto ao cônjuge. Por exemplo, se você diz ao seu cônjuge “Você nunca faz um carinho, eu sempre tenho de tomar a iniciativa”, está mostrando que sua linguagem do amor é o toque físico. Se você não tem motivos para se queixar, isso significa que seu cônjuge está falando sua linguagem do amor, mesmo que você não saiba qual é.
Como descobrir a linguagem do amor predominante do cônjuge? Preste atenção nas queixas dele. Quando nosso cônjuge reclama de alguma coisa, costumamos assumir uma atitude defensiva. No entanto, o seu marido/mulher está lhe fornecendo uma informação valiosa sobre a linguagem do amor predominante dele. Ouça as queixas de seu cônjuge e perceberá o que o faz sentir-se amado.
“A chave para criar um ambiente emocional positivo no casamento é aprender a falar a linguagem do amor predominante um do outro e usá-la regularmente.

No próximo post trabalharemos como colocar em prática a linguagem do amor do cônjuge quando se trata de algo difícil para mim e como tudo isso tem relação com a chave para fazer o cônjuge mudar.

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