sábado, 25 de junho de 2011

A liberdade de escolha!

Continuando o nosso trabalho sobre o livro "Como mudar o que mais irrita no casamento", depois de reunir as informações sobre os nossos comportamentos que se mostram disfuncionais é importante refletir sobre estas informações.

Segundo passo: Reflita sobre as informações que você juntou
 Você terá em mãos informações valiosas sobre como se relaciona com seu cônjuge. Chegou então, a hora de lidar com tais informações: EVITE criar racionalizações defensivas para os comentários recebidos. Aceite a possibilidade de que essas perspectivas refletem alguma verdade. Relacione o que você acha que deve mudar ao tratar seu cônjuge.
Uma boa sugestão é que você personalize cada frase, começando com o pronome “eu”, de modo a indicar com honestidade a consciência das falhas em seu comportamento. Inclua declarações sobre coisas que você deveria fazer, mas não faz, e coisas que você faz, mas não deveria. Por exemplo: “(...) além da declaração sobre ficar irritado com facilidade e magoar seu cônjuge, talvez você possa dizer: “Não uso palavras positivas e encorajadoras com meu cônjuge com tanta freqüência quanto deveria” (p. 19).
Seja o mais honesto possível consigo e procure não se justificar ou desculpar seu comportamento com base no comportamento de seu cônjuge. Será apenas uma maneira de racionalizar.
“Você só conseguirá remover a viga do olho quando parar de encontrar desculpas para seus erros”.

Terceiro passo: Confesse
“Confessar os erros nos liberta da escravidão das falhas do passado e nos abre os olhos para a possibilidade de comportamentos diferentes o futuro” (p. 19). O autor nos sugere começar confessando nossos erros a Deus.
Confessar significa, literalmente, “concordar com”. Quando confessamos, concordamos que agimos ou nos expressamos erroneamente. A confissão é o oposto da racionalização. Na confissão reconhecemos abertamente que nosso comportamento é indesculpável.
Mas o autor sinaliza que a confissão de nossas faltas não pode ficar apenas no reconhecimento diante de Deus. Também é importante confessar à pessoa envolvida; neste caso o cônjuge.
A maioria dos cônjuges se mostrará disposta a perdoar quando ouvir uma confissão sincera. Caso tenha ocorrido uma violação grave de seus votos matrimoniais, talvez leve tempo para restaurar a confiança. “No entanto, o processo de restauração começa com um ato genuíno de confissão”(p.22). Se você perceber que outras pessoas, como seus pais e os familiares de seu cônjuge, estão cientes das tuas faltas no casamento, pode ser bom confessar-se também à eles. Lembrando que estas confissões são extremamente valiosas no processo de restauração da confiança e do respeito.

Algumas perguntas comuns feitas ao autor:
- “Eu entendo o princípio. Sei que preciso tirar a viga de meu próprio olho, mas você não conhece minha situação. E se o problema estiver, de fato, com meu cônjuge?
- Suponhamos que 95% do problema esteja com ele, restando apenas 5% da imperfeição de sua parte. Estou sugerindo que, se você deseja melhorar seu casamento e se quer ver mudanças em seu marido, então precisa começar com seus 5%. Logo de início, seu casamento vai melhorar 5%, você se verá livre da culpa de erros do passado e emocionalmente preparada para ser uma influência positiva para o seu marido”.
- “Se eu confessar meus erros a Deus e à minha esposa,  será que alguns dias depois ela fará o mesmo?
- Não sei. Mas seria ótimo, não?” (p.23)                         

Não é possível garantir a você que o seu cônjuge lhe perdoará de qualquer falta naquele exato momento. Mas é possível lhes garantir que ao confessar seus erros no casamento você terá removido a primeira barreira para o crescimento conjugal.
A confissão cria um ambiente propício para mudanças positivas.
A confissão o fará sentir-se melhor consigo, e seu cônjuge começará a vê-lo com mais respeito e dignidade, pois você foi forte o suficiente para lidar com seus erros.

Este trecho do livro me lembrou os conceitos de liberdade e responsabilidade que o existencialista humanista Viktor Frankl propõe em sua teoria – a logoterapia.
Para ele, o homem é um ser livre e capaz de fazer escolhas conscientes diante das mais diversas situações que ocorrem no seu dia-a-dia. Desta forma, não é um ser determinado ou condicionado. “É na liberdade que se expressa o que há de mais humano no homem” (Trugilho e Pinel).  Para Frankl o homem é LIVRE para tomar posições e escolher seu destino diante de qualquer situação. Em suas palavras:

“O homem não é subjugado pelas condições diante das quais se encontra. Ao contrário, são elas que estão submetidas às suas decisões. De maneira consciente ou sem se aperceber, ele decide se enfrentará ou se cederá a ela, se vai deixar-se ou não condicionar-se inteiramente por ela” (Frankl, 1989, p. 43).

Sendo livre e tendo capacidade para se decidir, escolher e se posicionar, o homem em alguns momentos pode se deparar com situações que não pode mudar, mas aí então, muda a si próprio.
De acordo com Trugilho e Pinel,

 “Sua forma de conceber a liberdade está vinculada ao sentido de responsabilidade do homem, pois, para ele, liberdade é sempre acompanhada de responsabilidade. O homem é livre para escolher assumir (ou não) uma atitude ao vivenciar cada situação de sua vida e é também RESPONSÁVEL pela atitude assumida (ou não assumida). A escolha é sempre livre, porém implica em responsabilidade”.

Entretanto, nem sempre o homem escolhe assumir uma atitude de enfrentamento da situação, adotando uma postura omissa ante a mesma. Sobre isto, Pinel (2000, p. 249), fundamentado em Frankl, afirma que ainda assim ele fez sua opção, o que não deixa de ser uma escolha livre e consciente, que guarda em si sua parcela de responsabilidade para com a vida.

Acrescento ainda que somos chamados em cada situação a fazer uma escolha. Somos chamados a responder a cada situação que se nos apresenta. Dessa forma, digo aos casais e, na realidade, a qualquer pessoa que hoje passa por dificuldades, que este é o momento para fazer escolhas, para se posicionar diante do que se apresenta.
Não devemos, como disse o autor, colocar a culpa pelos nossos erros e comportamentos nas outras pessoas. Devemos tomar para nós a responsabilidade por cada ato que cometemos. Foi nossa a escolha.
Este é o momento para se decidir entre ficar estacionado naquilo que nos aprisiona hoje, naquilo que é dificuldade hoje, ou então escolher a mudança, o movimento.
E então, qual será a sua escolha hoje?!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Simplesmente esperar não funciona!

Hoje eu gostaria de começar a trabalhar aqui no blog um livro muito interessante que estou lendo. O livro é do autor Gary Chapman e se chama “Como mudar o que mais irrita no casamento”.
O autor inicia dizendo que todo homem e mulher sonham com uma esposa ou marido que atendeu às suas solicitações de mudanças. Entretanto, o autor alerta que estes tipos de devaneios “alimentados em segredo sobre o cônjuge perfeito tornam-se barreiras para a intimidade no mundo real” (p.5).  Por outro lado, existem aqueles que não se acanham em exigir de seus cônjuges as mudanças que julgam necessárias, escolhendo quase sempre os momentos de raiva para verbalizá-los.
Os casais nutrem a crença de que “se ao menos o marido ou a esposa mudasse, a vida seria tão diferente!” (p.06). E o autor problematiza: “Qual é o problema? Como é possível o desejo de ver mudanças no cônjuge ser tão universal e, ao mesmo tempo, a realidade dessas mudanças ser tão rara? Creio que a resposta pode ser encontrada em três fatores: (1) começamos da maneira errada; (2) não entendemos o poder do amor e (3) não sabemos comunicar de forma eficaz o desejo de ver mudanças no cônjuge” (p.06).

Trabalharemos neste post a primeira etapa do primeiro fator apontado por Chapman, ou seja, o fato de começarmos da maneira errada.
O autor inicia o capítulo contando a chegada de um marido ao seu consultório. O marido reclama que a mulher é desorganizada e que com isso dificulta sua vida, pois ele precisa então ajudá-la a encontrar seus pertences.  A mulher gasta muito dinheiro, não consegue seguir as dicas de um consultor financeiro e tem feito com que eles adquiram dívidas. E, por último, que ela não se interessa por sexo.  A sua mulher não quis acompanhá-lo para a sessão.
O marido procura o doutor Gary na tentativa de fazê-lo conversar com sua mulher e convencê-la a mudar. Entretanto, o autor nos sinaliza que provavelmente se conversasse com ela, a mulher lhe contaria seus problemas com o esposo e lhe diria que ao invés de ser compreensivo, o marido é exigente e ríspido. “Talvez dissesse: “Se Robert fosse um pouco mais gentil e romântico, eu me interessaria por sexo”. E comentaria: “Pelo menos uma vez na vida, gostaria de ouvir um elogio sobre uma compra que fiz, e não mais palavras de reprovação por gastar tanto”. Em resumo, sua perspectiva seria: “Se Robert mudasse, eu também mudaria” (p. 10 e 11).
Estão começando da maneira errada.

Sabedoria Antiga
Os princípios de relacionamentos verdadeiramente eficazes podem ser encontrados na antiguidade e resgatados do esquecimento. Para falar sobre o princípio de começar da maneira correta, o autor relembra uma lição de Jesus (Mateus 7:3-5) conhecida como Sermão do Monte e faz uma paráfrase: “Marido, por que você repara no cisco que está no olho de sua esposa, mas não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Ou, esposa, como você pode dizer ao marido: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, então você verá claramente para remover o cisco do olho do seu marido” (p. 11). O princípio é claro; é preciso começar com a viga existente em seu próprio olho. Jesus não diz: “Não há nada de errado com seu cônjuge. Pare de pegar no pé dele”. Ele sugere a existência de um problema com o outro quando diz que é preciso retirar a viga de seu próprio olho para então ver mais claramente e remover o cisco do olho do cônjuge.
Quando vêem um cisco no olho do cônjuge oferecem uma sugestão para removê-lo, quando não funciona, pedem abertamente uma mudança. Quando encontram resistência exigem a mudança em tom de ameaça e por fim partem para a intimidação e manipulação. “Mesmo quando conseguem algum resultado, ele ocorre à custa de um ressentimento profundo da parte do cônjuge. Não é esse tipo de mudança que a maioria das pessoas quer” (p. 12).
Concentrar-se nos defeitos do outro antes de olhar para suas próprias fraquezas é começar da maneira errada.

Como remover a viga de seu olho
“A maioria de nós não foi ensinada a pensar que a primeira coisa a fazer é tratar de nossos erros. É mais fácil dizer: ‘Se meu cônjuge não fosse assim, eu não seria como sou’ (...) ‘se meu cônjuge mudasse, eu mudaria’. Casamentos são construídos com base nessa idéia” (p.13). No entanto, quando os casais adotam este tipo de abordagem – esperar que o cônjuge mude – muitos deles chegam a um estado de desespero emocional tão grande que acabam por optar pelo divórcio. Sendo honestos conosco, teremos que admitir que simplesmente esperar não funciona.
As mudanças que decorrem da manipulação criam ressentimentos; e depois da mudança o casamento fica pior do que antes. Entretanto, existe uma outra abordagem. Mas o autor avisa que não será fácil aprender a lidar primeiro com os próprios erros.
O autor sugere três passos para retirar a viga do próprio olho e hoje trabalharemos o primeiro deles.

Primeiro passo: peça ajuda externa: estamos tão acostumados com o nosso modo de pensar e agir que não somos capazes de reconhecer quando ele é disfuncional ou negativo. Algumas formas de identificar a viga em seu olho:
(1)    Converse com Deus: O autor sugere que se faça uma oração pedindo o conselho de Deus. A oração poderia ser: “Deus, o que há de errado comigo? Onde tenho falhado com meu cônjuge? Que palavras ou atitudes têm sido nocivas? Em que tenho me omitido? Por favor, mostre-me minhas fraquezas” (p. 15). Existe ainda uma oração dos Salmos, escrita por Davi, “Sonda-me ó Deus, e conhece meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” (Salmos 139:23-24).
O autor sugere que se dedique quinze minutos para pedir a Deus que mostre suas fraquezas no casamento e, em seguida, faça uma lista daquilo que lhe vier à mente.
(2)    Converse com seus amigos: peça aos seus amigos íntimos que lhe dêem sua opinião franca sobre as suas atitudes e comportamentos principalmente com relação ao cônjuge. Diga-lhes que continuarão sendo amigos mesmo depois deles dizerem a verdade, aliás, é por serem amigos que você pode confiar no que eles lhe dirão. Não discuta com seus amigos, apenas tome nota das observações que eles fizerem. Muitas vezes será difícil ouvir a verdade, mas se você não ouvir, nunca tomará as providências necessárias para mudar e nunca realizará seu objetivo de ter um casamento melhor.
(3)    Converse com seus pais e com a família de seu cônjuge: se você for corajoso e tiver um relacionamento próximo com seus pais, sogros e cunhados pode pedir a opinião deles também. Lembre-se de não responder aos comentários.
(4)    Converse com seu cônjuge: você pode pedir também algumas informações para o seu cônjuge. Você pode dizer: “Querido(a), desejo muito melhorar nosso relacionamento. Sei que tenho várias deficiências, mas desejo trabalhar naquilo que é importante para você. Assim, ficaria agradecido(a) se você fizesse uma lista das atitudes ou palavras que o(a) têm incomodado ou das áreas em que tenho sido omisso(a). Quero tratar dessas deficiências e tentar agir de forma diferente no futuro” (p. 18). Não discuta e nem responda aos comentários.

Para entrar em ação então o autor sugere três exercícios:
1.    1.    No passado, como você lidou com suas falhas no casamento?
(    ) Culpei meu cônjuge
(    ) Neguei-as
(    ) Reconheci-as mas me recusei a mudar
(    ) Disse: “Vou mudar quando você mudar”
(    ) Confessei meus erros e pedi perdão
(    ) Outro

2.  2.   Se você desejar, diga a Deus: “Sei que não sou perfeito, mas em quais pontos tenho falhado em meu casamento?”. Faça uma lista do que lhe vier à mente.

3.   3.      Se você estiver disposto a procurar ajuda externa, anote a data em que pediu a opinião de:
_________ Deus
_________ Amigos íntimos
_________ Pais
_________ Família do cônjuge
_________ Cônjuge

E então, preparados para esta tarefa?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A conjugalidade na chegada do primeiro filho

Durante o período em que atuei em um hospital de Curitiba, uma questão me chamou a atenção e me instigou a pesquisar um pouco mais sobre o assunto. Trata-se das dificuldades enfrentadas por casais quando da gravidez do primeiro filho. Para falar sobre este tema é importante trabalhar algumas questões.
De acordo com a perspectiva sistêmica, o sistema familiar passa por diversas etapas durante o seu ciclo de vida. Carter e McGoldrick (1995) consideram este ciclo de vida como sendo dividido em seis estágios: (1) jovens solteiros; (2) novo casal; (3) famílias com filhos pequenos; (4) famílias com filhos adolescentes; (5) lançando os filhos e seguindo em frente – ninho vazio e (6) famílias no estágio tardio de vida.
Entretanto, a transição para a parentalidade é considerada uma das maiores mudanças pela qual o sistema familiar pode passar. Neste momento os cônjuges deixam de ser apenas um casal para se tornar pais, progenitores de uma nova família.
Ainda sobre esta temática, o autor Jongenelen (1998) afirma que “O tornar-se pai/mãe é uma tarefa desenvolvimental de grande importância, quer para o jovem adulto quer para o adulto visto que, a maternidade/paternidade implica a passagem de unidade de casal para a unidade de família”.
As pesquisas sobre a temática da conjugalidade na transição para a parentalidade apontam que há um declínio na felicidade e na satisfação conjugal neste período. Isso porque, muitas vezes, juntamente com a parentalidade há o fim do romance entre o casal.
O tornar-se pai e mãe demanda do casal a redefinição de papéis e a conseqüente redefinição da relação conjugal. Pois, neste novo momento do ciclo familiar, serão exigidos novas negociações e divisão de tarefas que envolvem, por exemplo, a educação do filho, tarefas financeiras e domésticas, entre outras. Há a necessidade de que o sistema familiar se reorganize para a chegada do bebê.
A pesquisa de Menezes (2001) aponta que:

“(...) anteriormente ao surgimento da parentalidade, a família (na qual se prepara o nascimento do primeiro filho) é composta apenas pelo casal, e as interacções dentro do sistema nuclear são estabelecidas apenas entre esses dois indivíduos. Quando se dá a entrada de um novo elemento, existem várias transformações que acontecem e que levam ao aparecimento de novas responsabilidades e tarefas para os cônjuges”. 

O nascimento do filho e as novas tarefas a serem realizadas muitas vezes passam a ser desempenhadas em sua maioria pelas mães, que se descobrem, então, sobrecarregadas. Em muitos casos, os pais se preocupam em prover o sustento financeiro da família, sobrecarregando-se no trabalho, mantendo-se ausente da relação familiar e conjugal; e à mãe cabe o cuidado do bebê. Esta configuração acaba por gerar conflitos entre o casal.
Entretanto, o que é importante se ter em mente é que não é a parentalidade em si que provoca o declínio da relação conjugal e os conseqüentes conflitos. Mas sim, a forma como cada casal se relaciona. O que irá determinar a forma como este casal fará a transição para a parentalidade é o padrão de relacionamento que eles estabeleceram ao longo de sua história. “(...) a maioria dos casais com altos níveis de competência conjugal pré-natal mantém sua estrutura de alta competência conjugal na transição para a parentalidade” (Menezes e Lopes, 2007).
Observa-se então que a maneira como o casal estabelece sua relação, sua comunicação, seu apoio, etc. enquanto casal influenciará a maneira como irão lidar e o quanto irão investir na sua relação, comunicação e apoio durante e depois da gravidez. Quanto maior o distanciamento afetivo do casal, maior o impacto da transição para a parentalidade.


Nesta fase, anterior ao nascimento do bebê, o importante então é refletir sobre como está a relação conjugal neste momento; quais as dificuldades enfrentadas e que pontos positivos poderiam ajudar a superar as dificuldades.
É preciso também estar alerta para algumas tentações nas quais muitos casais não fortalecidos em sua relação poderiam cair. Por exemplo: conformação do casal com situações de conflitos, a falta de investimento na relação, distanciamento do pai e sobrecarga da mãe; pois quanto maior o distanciamento afetivo do casal, maior o impacto da transição para a parentalidade.
Além disso, é importante pensar ações concretas para ajudar no fortalecimento da conjugalidade. Por exemplo: (1) Apoio emocional dos cônjuges; (2) Envolvimento paterno com os cuidados do bebê; (3) Divisão do trabalho doméstico; (4) Interação comunicacional; (5) Colocar a relação conjugal em um lugar importante/de destaque em suas vidas, o que ajuda a manter a conjugalidade mesmo depois da parentalidade; (6) Oportunizar momentos a sós para conversar e namorar – contando com a ajuda de sua rede de apoio social e (7) Favorecer a inserção do pai, facilitar sua inclusão, ser aberta a sua participação no cuidado do bebê.
O objetivo é que saibam que se investem na relação, em alguns momentos o tempo disponível para ela pode até diminuir, mas tende-se a aumentar o companheirismo e a união.

A intenção não deve ser só, como diz Menezes e Lopes (2007), ligar os adultos, como pais, a criança, mas intensificar o relacionamento íntimo do casal.