terça-feira, 19 de junho de 2012

Síndrome do Ninho Vazio?


Fonte: Google

Imaginem o momento da saída dos filhos de casa, seja porque vão estudar fora ou porque estão se casando e constituindo uma nova família. É a este momento que corresponde esta síndrome. Com a saída dos filhos de casa os pais sentem como se perdessem sua função parental.
Normalmente tende-se a ver este momento como sendo de sofrimento, abandono e solidão, mas nem sempre esta transição no ciclo familiar é vivenciada como negativa. A mudança em alguns casos se mostra negativa quando há uma maior dependência entre pais e filhos, seja ela emocional ou financeira. Em outros casos ainda, segundo alguns autores, o declínio na vida ocorre por outras situações associadas, como o momento da aposentadoria, por exemplo.
Por estes motivos a psicoterapia pode ser de grande ajuda. Isso porque o psicólogo ajudará a encontrar soluções que possibilitarão superar este momento de mudança evidenciando que por mais que mudar gere desconfortos, pode nos levar ao crescimento. Para encontrar novos caminhos e melhorar a qualidade de vida é preciso levar em consideração a qualidade do relacionamento conjugal, a relação que estabelecem com a rede social que possuem, ou seja, família e amigos, entre outros fatores.
Desta forma é possível compreender até mesmo que não se perde a função de pais, porque em muitas situações os filhos recorrerão aos pais para ajudá-los nos mais diversos contextos. Para algumas pessoas este momento é vivenciado como possibilidade para realizar atividades e projetos que haviam sido arquivados para se dedicar à educação dos filhos.
Entendendo como estas e outras variáveis se relacionam é possível propor mudanças e melhorar a transição para este momento.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Adolescentes: como melhorar a comunicação com o seu filho

Fonte: Google

No período da adolescência o jovem inicia um processo de despreendimento familiar, no sentido de buscar a conquista de sua independência e autonomia. É um momento importante no desenvolvimento de sua identidade.
Quando um membro da família passa por transformações, a família como um todo se modifica e é necessário fazer ajustes para integrá-las. Sendo assim, faz-se necessário uma maior flexibilidade por parte de todos os membros.
Durante a adolescência o aspecto da comunicação se mostra bastante significativo. Dependendo da abertura ou rigidez dos pais quanto a este aspecto, os filhos desenvolverão estratégias para se comunicar e se colocar perante a família.
Neste aspecto, é preciso cuidado, pois nos casos de pais que se mostram incapazes de perceber as mudanças dos filhos não permitindo o diálogo aberto, há o risco destes últimos não confiarem nos pais e consequentemente não buscá-los para orientações quanto a dúvidas que surgem nestes momentos. Quando há falta de espaço, excesso de ordens e ameaças os filhos não manifestam seus sentimentos e dúvidas. Nas famílias onde é possível manifestar-se a comunicação é mais aberta e profunda.
Estes fatos são importantes porque os filhos procurarão o momento oportuno e a melhor maneira de se comunicar com os pais, procurando obter êxito no seu pedido, por exemplo. Os adolescentes serão sensíveis para questões como o humor dos pais, o tempo disponível para a conversa, o momento certo para conversarem sobre determinados assuntos, entre outros aspectos.
Dentre as várias estratégias desenvolvidas por eles (insistência, chantagem, comparação com outros, selecionar informações) a troca é uma estratégia de negociação com os pais. Realizam os pedidos dos pais em troca do favor que pediram. Esta estratégia é interessante, pois evidencia ao adolescente que ele não é mais aquela criança que recebe tudo sem ter que arcar com conseqüências.
Nesta fase é importante que a família se flexibilize para acolher as mudanças permitindo que elas aconteçam, mas que, mesmo abrandando a autoridade em certos momentos, jamais a extinguem. Conceder aos filhos um espaço para que se tornem independentes permite uma boa comunicação e auxilia a se tornarem mais autônomos.



Mariana Godoy Casotti é psicóloga, formada pela Universidade Federal do Paraná. Cursando especialização em Terapia Individual e Familiar Sistêmica. Atendimentos na clínica localizada à Rua Ipiranga, 42, sala 01. Para agendamento de horários, fone             (44) 3019-6178       - Cianorte, Paraná