quarta-feira, 16 de maio de 2012

Casei, e agora? A construção de um novo lar!


Foto: Google

É só o marido dizer à esposa “A minha mãe sempre deixava uma flor na sala para enfeitar nossa casa”, que a resposta da esposa vem na hora: “Na minha casa meu pai não deixava as roupas e calçados jogados pelo chão”.  Ou alguém escutou dos pais do cônjuge que a “louça do almoço não deveria permanecer tanto tempo na pia”. A lista de exemplos com queixas ao cônjuge com base no modelo que recebemos de nossos pais seria enorme, mas vou encerrar por aqui.
É sabido que a família passa por diversas etapas durante o seu ciclo de vida e a transição para o casamento, – uma de suas etapas, - é um marco importante.
Este é o momento em que o casal precisa se diferenciar da família de origem de ambos, para constituir sua própria família. Esta fase de vida merece especial atenção porque é neste momento que ocorre a negociação das diferenças, a constituição de regras que farão parte deste novo lar.
Quando se casam, homem e mulher trazem consigo uma bagagem, e não digo só de pertences pessoais, mas também uma bagagem de vida formada por experiências vivenciadas, valores construídos por si mesmos e aqueles que receberam de sua família de origem, influências do seu contexto de vida, entre outros.
É preciso estabelecer uma fronteira para que as famílias de origem e os amigos não interfiram no relacionamento conjugal. Isso porque, o novo casal precisa construir, juntos, um conjunto próprio de regras e valores. Precisam criar um novo estilo de vida, em alguns aspectos diferentes e em outros semelhantes aos que receberam em seu núcleo familiar.
Quando esta separação (da família e amigos) não é realizada e a influência de terceiros é constante corre-se o risco de, no lugar de se fortalecerem, deixarem o relacionamento conjugal vulnerável. Isso porque, quando ocorre alguma dificuldade, um ou ambos os membros recorrem a família de origem. Neste movimento, buscam alianças com os pais, irmãos ou até mesmo amigos ao invés de se voltar para o cônjuge e buscar uma solução para a diferença ou problema surgido. Isso dificulta a constituição da nova família.
A realização de terapia pode auxiliar grandemente no entendimento de como o casal lida com a situação apresentada e com a família de origem, como administra a individualidade e a conjugalidade. A terapia auxilia também na compreensão da relação como um todo e da dinâmica do casal. Não somente do que está disfuncional, mas também que recursos o casal possui para solucionar os problemas.


Mariana Godoy Casotti é psicóloga, formada pela Universidade Federal do Paraná. Cursando especialização em Terapia Individual e Familiar Sistêmica. Atendimentos na clínica localizada à Rua Ipiranga, 42, sala 01. Para agendamento de horários, fone (44) 3019-6178 - Cianorte, Paraná      

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